Uma vontade estranha se manifesta entre a objetividade e a
imaginação. Não tenho consciência da exatidão do que se trata. Todavia me
persegue em todos os momentos destes últimos dias. A escuridão não se cansa de
se humilhar aos pés da claridade. E por vezes, pessimismos irracionais aparecem
como visões realistas. Cresci aprendendo que o amor move montanhas, mas as
montanhas, nem sempre, se movem por amor. Minhas pupilas se reviram ou se fixam
no vácuo, se entregando a tortura de pensamentos vagos, que se alimentam do
doce sofrimento da incerteza. E no meio da inquietação, me rebaixo à condição
de um mero mortal, desconhecedor dos próprios anseios e do próprio poder. Se sou imagem e semelhança de Deus, então... Quem é Deus?
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