domingo, 29 de abril de 2012

Amor (?)




Amor (do lat. Amor). Pode ser um simples querer bem, ou a fonte da libido. Já foi objeto de reflexão e estudo por muitos pensadores, filósofos, psicólogos, cientistas, muitas vezes em função de suas próprias decepções ou realizações. Platão (Filósofo e Matemático da Antiga Grécia) comparava o amor a uma “caçada”, distinguindo três tipos, sendo estes: o carnal, terreno; o da alma, celestial; e a combinação dos dois. Contemporaneamente, Nietzsche (Filólogo e pensador alemão) dizia que aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal. Entretanto, nem mesmo quem vivencia é capaz de apreender do que essencialmente se trata. Há quem diga ser uma das maiores ou a maior conquista que o ser humano tem capacidade obter. Por outras perspectivas, amor não se encontra no plano da realidade, é apenas ideal, ou ainda, se limita a processos ocorridos em nossos cérebros. Praticamente sabemos que, em verdade, algum dia haveremos de sentir dependência emocional de alguém. Pode não passar de algo distante do que é material. Porém os reflexos se acham aqui, em nossa vivência. De fato, todos somos portadores dos reflexos, cabendo a nós mesmos atribuir reconhecimento ou não. Nunca nos esqueçamos de que se desejamos ser amados, precisamos compartilhar esse amor.




                                                                 Elon Barbosa

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Homem do Espelho




Acendo a luz do recinto
Ponho-me de fronte ao espelho
Meu rosto tão novo, tão velho
Semblante revela o que sinto

Rogo perdão aos nossos laços
Ao coração, às vezes, minto
Como taça de vinho tinto
Quebra-se em mil e uns pedaços

Alerto para o cuidado
A essência não quer escassez
Não quer ser foco de escárnio,
Solidão ou insensatez.

O homem que observo no espelho
Não quer promover a ganância
Conquista se faz no presente
Apesar de sua larga inconstância!


                                                             Elon Barbosa

quarta-feira, 11 de abril de 2012

TEATRO




Música de própria autoria chamada Teatro

A vida em certas ocasiões se faz peça de teatro
ou se oculta nos tons da maquiagem de um palhaço
que alegra tantas faces curumins
na medida em que se entristece preso no camarim.

Vi decisões subindo à corda bamba de frente à arquibancada
Vi vaias e aplausos das platéias, das cambadas
e os sonhos que reluzem a toda parte
como as luzes de neon ou as estrelas, belas artes...

E há magia, risos, gritos, fantasia
truques de ilusionismo...
e o 'ismo' da mentira
que hora golpeia e tira o sorriso dos mortais.

... e a música que não para de tocar às crianças e aos casais
atentos aos saltos mortais.


                                                                                     (Elon Barbosa)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Utopia


                           La nascita di Venere (Botticelli)

Teus poros exalam sexo
Teus olhos, raios hipnotizantes
Tua boca, atrativo excitante
Teu corpo, viagem longa e sem complexo
Tuas cochas a me enroscar
Teus mamilos, pecado e sabor
Tua nuca, bálsamo tentador
Atiça ao meu paladar.

Tua mente, prudente e sagaz
Honesta, sincera e abrangente
Aberta, liberta, inteligente
A tudo o que a sina nos traz
Tua aura me faz confiar
Coração na palma de tua mão
Me apraz a boa essência e a ação
Digna do meu contemplar.

Um anjo, para idéia dos românticos
Perfeita até na imperfeição
Afrodite, porém em meu panteão
Referência do meu culto e dos meus cânticos
Tu te tornaste meu estudo de anatomia
Meu alento nos dias de carência
A causa de mim, de minha existência
Oh! Amor meu, tu não passas de mais uma utopia.


                                                                                                Elon Barbosa