sábado, 23 de março de 2013

A Beleza da Loucura.

Sem a voz dos que foram/são tidos como loucos, jamais sentiríamos a graça de um refúgio, mesmo que momentâneo, do mundo que (de forma implícita) já é dominado pela lei do mais "forte". No fundo somos egoístas. Tanto que, nem sempre, reconhecemos tal condição. Mas ao mesmo tempo, enquanto seres sociais, pensamos no bem de nosso meio. Frente a confusão do mundo, sem aqueles que foram/são "do contra", e sem nossa própria capacidade de questionar os sistemas organizados, não conseguiríamos mover nossos olhos, nem nosso pescoço e ficaríamos estáticos, mirando apenas em uma direção, sem descortinar a maldade vestida de inocência ao nosso lado, nem quem ou o que está em nossas costas e nos iludindo com as miragens surgentes e tentadoras no meio do caminho.
 

 
 Charlie Chaplin. Um louco artista, poeta, ator, humorista, que em meio as tensões do mundo arrancava risos, promovia alegria e proporcionava alívio. Passou pela Primeira Guerra Mundial; pela Crise de 1929, também conhecida como A Grande Depressão e pelo domínio do Nazismo através da ascensão de Hitler.


domingo, 17 de março de 2013

Da morte pra vida. Da vida pra morte. Da morte(...).

O fato de o ente vivo e pensante saber que está caminhando para a morte ou que, talvez, já esteja na mesma, pode fazer dele um ser angustiado, pois se vê diante de tamanha interrogação: "O que há de ser?". Os mistérios que giram em torno da morte tornam o ser humano inquieto, pois este, perdido na imensidão, se sente inseguro do que virá, é o medo de encarar o que é até então desconhecido. Porém, a angústia que sente o ser, já é a explicação, a compreensão. Ele precisa senti-la, precisa inconformar-se, precisa duvidar, mas a precisão não é apenas íntima do indivíduo, é uma precisão universal, e que existe por si só. Nós buscamos, o que, sob o esquecimento, nunca iremos encontrar e pode ser esta uma razão de viver. Se soubéssemos de tudo, faltaria o "frio na barriga" e a graça do perigo. A morte faz parte da vida, do ciclo natural. E quiçá, já seja a própria vida, e a vida a própria morte.