segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Efêmero estar




Já cruzei rios em noites claras
Correntezas a me derrubar
Pelo infinito da madrugada
A luz das estrelas a contemplar
Viajando do infinito adentro
No almejo eterno de se achar
Na dor de ser e não ser
De ser um efêmero estar.

                                        (Elon Barbosa)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Pelas trilhas as quais me levei...


 ...Tanto já fui ao céu, quanto ao inferno, às vezes sem circunstâncias, outras como consequências.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Devaneios de Banco de Praça



Se não entro em transição neste momento
É porque meu pensamento anda muito deslocado
Relembrando fevereiros que ainda não chegaram
assistindo ao céu nublado
tentando me achar inspirado
ao som do canto afinado
dos pássaros de galho em galho

A praça, que poderia receber a massa viva
Cantando e dançando a alegria,
Está vazia!
Mas ainda há de lotar
Mesmo que para cantar às chuvas
Ou as curvas do mundo
Ou ainda o Rosário
Pelas tradições de outubro.

De contraste, uma borboleta voa ao lado
Enquanto trago o cigarro...

E não sei mais o que pensar
Apesar de estar pensando
Tenho atos a pesar
Pros pesares não serem tantos
Quebrantos...
Que quebram a ilusão
De qualquer são
Que insista numa razão inquestionável

Está chovendo...
(O fim às vezes é inesperável).


Elon Barbosa
(Numa tarde de céu nublado de sábado de festividades de Carnaval, sentado num dos bancos da Praça do Centenário em Pombal.)