quarta-feira, 10 de abril de 2013

Da conduta humana.

As regras de conduta possuem seu lado positivo. Foi preciso que em um determinado momento os seres humanos, inseridos em comunidade pudessem dispor de regras que organizassem seu povo, de modo que todos pudessem conviver de forma harmônica. Caso não ocorresse, a comunidade viveria em constante conflito e guerra, já que cada um defenderia seus próprios interesses e aquilo que estivesse à favor de sua própria sobrevivência. De acordo com Hobbes, "O homem é o lobo do homem" e é mau por natureza. O individualismo poderia ser uma ameaça a própria sobrevivência do indivíduo no grupo. Por isso a criação de normas que regulassem o comportamento e os instintos humanos.

Com o passar do tempo e notando também a presença constante do individualismo e da vontade de se sobreposicionar do homem em relação aos outros, é que se criou com abuso uma definição de bom e mau, certo e errado, falso e verdadeiro, como forma de manobrar toda a massa através de vários meios tão benéficos quanto prejudiciais (Meios de comunicação, política, religião etc). Mas para manobrar a massa, é preciso que ela seja/se torne ignorante frente aos fatos, ao cotidiano, à história, aos próximos e a si mesmo. Passamos a levantar o seguinte questionamento: Seria culpa de uma sociedade acomodada, que tem preguiça de pensar e de conhecer? Ou anteriormente a essa condição, a mente dos passados já foi manipulada por algo/alguém "superior" para que pudesse transmitir tal condição para as gerações futuras?

Dos sonhos





Eu acordei à beira de um precipício, como quem acorda de um sonho lúcido, mas eu sentia a realidade, meus pés tocando o chão, meu olhar para a imensidão, e pensando se eu deveria pular daquele abismo tão doce e místico. E no meio daquela angústia, que só o pensar assusta, o olhar que era indeciso tomou uma posição. Sem medo ou calor, eu pulei como um dançarino malabarizando o próprio corpo
Num todo que nem era todo
no todo em seu tudo
Todo tudo tem seu todo
Tudo é tanto
Tanto é que tudo escureceu...
E a obscuridão tomou conta dos meus olhos, minha boca, meus ouvidos e minha mente. Inconscientemente acordei com a luz do sol em minhas pálpebras, no mesmo local onde estava antes da queda fatal que se tornou natal.

Estava lá o precipício, as pedras e o atiço daquela incitação e, ainda, a escuridão com seu charme e mistério chamando a me jogar. Todavia estava em solo firme, pisando na terra, livre e respirando sob o sol.

Voltei então para a graça do lar.