O
fato de o ente vivo e pensante saber que está caminhando para a morte ou que,
talvez, já esteja na mesma, pode fazer dele um ser angustiado, pois se
vê diante de tamanha interrogação: "O que há de ser?". Os mistérios que
giram em torno da morte tornam o ser humano inquieto, pois este, perdido
na imensidão, se sente inseguro do que virá, é o medo de encarar o que é
até então desconhecido. Porém, a angústia que sente o ser, já é a
explicação, a compreensão. Ele precisa senti-la, precisa
inconformar-se, precisa duvidar, mas a precisão não é apenas íntima do
indivíduo, é uma precisão universal, e que existe por si só. Nós
buscamos, o que, sob o esquecimento, nunca iremos encontrar e pode ser esta uma
razão de viver. Se soubéssemos de tudo, faltaria o "frio na barriga" e a
graça do perigo. A morte faz parte da vida, do ciclo natural. E quiçá, já seja a própria vida, e a vida a própria morte.
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