domingo, 13 de janeiro de 2013

Pupilas




Suas pupilas negras e estranhas
São tão herméticas quanto a noite
Invade meu imo, até as entranhas
E me arrebenta como um açoite
E me arrebata com o olhar de façanha
E me envergonha, ainda que me afoite.

Suas pupilas negras e estranhas
São tão fulminantes quanto uma bala
Lançada ao peito num tiro certeiro
E naquele momento, o silêncio se cala
Se deita, se acaba, se fere, se sara
Num amor que misteriosamente se exala.


Elon Barbosa

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